Não há mais
dúvidas de que foram usadas armas químicas na Síria. As fotos de centenas de
cadáveres de civis, inclusive de mulheres e muitas crianças, sem ferimentos, são
conclusivas.
Há um acordo
internacional de proibição radical desse tipo de armamento, por desnatural e
anti humano, e por, generalizando-se o uso, colocar em risco toda a humanidade.
Em casos
assim é prevista uma ação conjunta de países, sob a iniciativa e orientação da
ONU, para intervenção, com a finalidade de acabar com o conflito e punir os que
usaram as aludidas armas.
Só que a
história na Síria está complicada, como veremos, é há o antecedente do Iraque,
quando os Estados Unidos, à revelia, da ONU invadiu esse país, por causa das
armas químicas e atômicas estocadas, ao preço de milhares de vidas de civis,
sem que nem uma arma química ou atômica fosse encontrada.
Foi só um
pretexto para uma guerra de saneamento ideológico e garantia de petróleo na
região.
Mas o que há
de fato por trás disso?
Os planos de
Obama, de invasão do Irã e da Síria são antigos. No dia 28 de janeiro deste
ano, hackers interceptaram e-mails da empresa britânica Britam Defesa, e
descobriram que Obama estava se preparando para as citadas invasões, o que
mereceu resposta imediata de Moscou, que isso seria o início da III Guerra
Mundial.
Mas, o mais
importante é que esses e-mail deixaram bem claro a farsa de que estão se
valendo os Estados Unidos e a União Européia, para iniciar o conflito.
Dois e-mails
hackeados deixam as coisas bem claras:
1º) Email 1:
Phil, Temos uma nova oferta. É sobre a Síria novamente. Catar propõe um negócio
atraente e jurar que a idéia é aprovado por Washington. Nós vamos ter que
entregar uma CW (arma química) para Homs (Síria), a origem soviética g-shell da
Líbia semelhantes aos que Assad deveria ter. Eles querem implantar nosso
pessoal ucranianos que deve falar russo e fazer um registro de vídeo.
Francamente, eu não acho que é uma boa ideia, mas as quantias propostas são
enormes. A sua opinião? Atenciosamente David
2º) E-mail
2: Phil, por favor, ver detalhes em anexo de medidas preparatórias sobre a
questão iraniana. A participação de Britam na operação é confirmada pelos
sauditas. (tradução do Google)
Vamos destrinchar,
para entender: no primeiro e-mail: uma empresa de mercenários britânicos, com o
aval dos governos britânico e norte-americano recrutariam russos, também
mercenários, para lançar armas químicas na Síria (quimicamente semelhantes às
produzidas pela Rússia e que estão na Líbia). No momento em que estivessem
lançando, seria gravado em vídeo o lançamento, feito por russos. Quem pagaria
pelo serviço? A Arábia Saudita, ou melhor, os americanos, através dos sauditas.
Investigações
internacionais, provavelmente da ONU, concluiriam que foram os russos, aliados
do governo sírio, que lançaram as bombas químicas.
No segundo
e-mail a autorização para que a operação seja iniciada, com a participação da
empresa britânica.
Por causa
desses e-mails é que ontem,27/08, o Ministério das Relações Exteriores russo
emitiiu nota afirmando: "As tentativas de ignorar o Conselho de Segurança,
mais uma vez para criar desculpas infundadas artificiais para uma intervenção
militar na região estão repletas de novo sofrimento na Síria e consequências
catastróficas para outros países do Oriente Médio e Norte da África. "
O que mais
irritou os russos foi que a ação do ataque químico já estava postada em vários
sites, na internet, horas antes do fato acontecer, o que é a prova definitiva
de que não foi coisa de sírios, nem do governo nem dos rebeldes, mas uma
montagem.
Tanto o
governo sírio quanto os rebeldes negam veementemente o uso de tais armas,
acusando-se mutuamente.
Diante disso,
ou já premeditadamente, o mais provável, Obama cancelou o encontro que teria
hoje, 28/8, com os russos, para contornar a situação na Síria.
Os
parlamentares britânicos, que se encontram em recesso, foram convocados às
pressas para, ainda hoje, votarem a participação da Grã Bretanha na guerra.
Os Estados
Unidos já mandaram um quarto vaso de guerra equipado com foguetes subsônicos,
capazes de atingirem Damasco, a capital Síria.
Há uma frota
britânica posicionada, e aviões franceses.
Ontem diversos caças e aviões transporte de
tropas, britânicos, se dirigiram ao Oriente Médio.
Segundo
autoridades americanas, o ataque se dará antes da ONU ser ouvida, e o motivo é
óbvio, não dar espaço para que chineses e russos se pronunciem.
Os
presidentes da Síria e do Irã afirmaram categoricamente que se invadirem um dos
dois países estarão “criando uma bola de fogo que incendiará o mundo árabe e se
estenderá para cada capital ocidental”, entenda-se guerra convencional lá e
terrorismo no mundo todo, já que sendo islamitas, os diversos grupos
terroristas deverão se unir, pelo menos temporariamente.
Em vista
disso, Putin deu uma segunda ordem às forças russas, que se reposicionassem,
agora não mais para uma possível guerra na Síria, mas para uma guerra
generalizada, global, a começar pela destruição da Arábia Saudita, fornecedor
estratégico de combustível para o Ocidente.
A China
ainda não se pronunciou, ou para servir de fiel na balança ou para se aproveitar do desgaste
militar entre russos e norte americanos e sair fortalecida, após o conflito.
Mas, afinal,
o que há por trás disso, porque essa guerra na Síria?
Com a
proximidade do fim da recessão, ou semi recessão, na União Européia, deverá
haver um aumento muito grande na demanda por GLP (Gás liquefeito de petróleo).
A Rússia
pretende estender os seus gasodutos até o coração da Europa, geograficamente
falando, e que terão que obrigatoriamente passar pela Síria.
Como concorrente
dos russos, as grandes companhias ocidentais, que também querem construir
gasodutos partindo da Arábia Saudita e do Qatar, país pequenino mas nadando em
petróleo.
Os sauditas
e o governo de Qatar armaram os guerrilheiros sírios, para derrubarem o
governo, que é alinhado com a Rússia, e instaurarem um governo pró ocidente,
barrando as pretensões russas e deixando as grandes empresas de petróleo do
ocidente ocuparem.
Este é o
motivo, mais uma guerra por petróleo, mais inocentes morrendo (e as fotos,
mostrando, são abundantes) porque a humanidade está subordinada ao dinheiro.
É o
capitalismo.
Francisco
Costa
Rio,
28/08/2013.
Na foto,
cadáveres de crianças envenenadas (repare que não há marcas de tiros).
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